quinta-feira, 18 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
O País das bananas ou dos bananas?
A banana é o fruto (ou melhor: uma pseudobaga) da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule (e não uma "árvore", apesar do seu porte) da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). As bananas constituem o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, a seguir ao arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. São originárias do sudeste da Ásia, sendo actualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades cultivares, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (fritas, cozidas ou assadas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação são do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
O cultivo de bananas pelo Homem teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selvagem na Nova Guiné, na Malásia, Indonésia e Filipinas. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné sugerem que esta actividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam este local no berço do cultivo de bananas. É provável, contudo, que outras espécies de banana selvagem tenham sido objecto de cultivo posteriormente, noutros locais do sudeste asiático.
A banana é mencionada em documentos escritos, pela primeira vez na história, em textos budistas de cerca de 600 a.C.. Sabe-se que Alexandre, o Grande comeu bananas nos vales da Índia em 327 a.C.. Só encontramos, porém, plantações de banana organizadas a partir do século III d.C. na China. Em 650, os conquistadores Islâmicos trouxeram a banana para a Palestina. Foram, provavelmente, os mercadores árabes quem divulgou a banana por grande parte de África, provavelmente até à Gâmbia. A palavra banana teve origem na África Ocidental e, adoptada pelos portugueses e espanhóis passou também a ser usada, por exemplo, na língua inglesa.
Nos séculos XV e XVI, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. Mas as bananas mantiveram-se, durante muito tempo, desconhecidas da maior parte da população europeia. Por exemplo, note-se que Júlio Verne, na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" (1872), descreve o fruto detalhadamente porque sabe que grande parte dos seus leitores o desconhece.
Algumas fontes referem que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, que se designaria como pacoba, mas, em termos gerais, não é dado crédito a tal informação.
Feito essa introdução maximizada queria apenas deixar um questionamento no ar após a ventilação de novamente termos a CPMF como tributo. Somos o país das bananas ou dos bananas?
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Os bueiros sujos do Brasil
Em reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, segundo pesquisa, todos os bueiros das grandes cidades estão sujos e entupidos. Desse total, noventa por cento do lixo é fruto da ação humana do homem mais conhecida como "falta de educação". Depois reclamam das enchentes e do poder público, os políticos não dão exemplo, que então nós, povo, teremos que dá-lo ou, façamos a escolha de parar de reclamar e continuar enchendo os bueiros com nossas porcarias.
Para encerrar o assunto sobre "inleição"
Sempre que acaba uma eleição, me vem uma saudade danada do Genésio, lá de Osasco. Aliás, ele não era de lá, ele era do sertão da Bahia. E conta-se que os pais dele chegaram com a trupe de imigrantes, um punhado de baianinho quase tudo do mesmo tamanho, e se acostaram lá na minha terra. Nesse tempo, o Genésio devia ter uns 14 anos e todo o pessoal dele trazia aquele sotaque arretado de quem nasceu nos fundões da Bahia.
Pois bem. Se acostaram por lá e ficaram, até restar apenas o Genésio, que devia ter uns 50 anos quando resolveu, por ser figura muito popular, se candidatar a deputado.
É preciso que se diga que o simpático Genésio era analfabeto de pai e mãe . E, além de tudo, apesar de já morar em Osasco, estado de São Paulo, e já ter vivido e convivido com meus conterrâneos paulistas uns 36 anos, mesmo assim o nosso Genésio não perdia aquele sotaque de baiano da molésta. Mas, como tinha adotado a minha cidade como sua, e por ela tinha um amor declarado, ai de quem tivesse a ousadia de falar mal da nossa terrinha. O Genésio era capaz de sair, como lá diz o outro, no pau com o dito cujo.
Isso posto, vamos à campanha política que deveria eleger aquele simpático baiano sem letras ao título pretensioso de deputado. Me lembrei do Genésio só pra contar o tanto que era curioso o seu discurso nos palanques de lá. Ele estava sempre acompanhado, como é natural, dos seus grandes cabos eleitorais, onde tem sempre aquele que dá os palpites apelativos ao pé do ouvido do candidato:
CABO ELEITORAL (ao ouvido do Genésio) – Fala da fome, Genésio.
E ele falava....
Mas o que era muito engraçado, e atraía a multidão da cidade aos seus comícios, era principalmente o bordão que o Genésio usava para abrir cada comício.
GENÉSIO (com o sotaque do sertão da Bahia) – Eu sou a fulô que nasceu na Bahia... e veio dá o botão aqui em Osasco.
Era risada geral.
GENÉSIO (em tom sempre discursivo) – A Assembléia ge-néis-la-tiva, de Sum Paulo, vai ter lá... se eu ganhá as inleição – um verdadêro trabaiadô para o povo. Vô trabaiá quiném um leão da Afra (África). E quem quisé vortá nimim... que vorte... quem num quisé vortá... qui num vorte... Agora... seu eu ganhá as inleição... ai daqueles qui estão iscondido atrás dos tôco (ameaçava todo mundo ingenuamente).
Nessas caminhadas discursivas, eis que o Genésio e seus comandados chegam até a cidade de Ituverava, que fica perto de São Joaquim. E lá também foi a mesma lengalenga.
GENÉSIO – Eu sou a fulô que basceu na Bahia e veio dá o botão em São Joaquim da Barra. Povo de I-ga-ra-pa-va.
CABO ELEITORAL (corrigia ao pé do ouvido dele) – Genésio! Não é Igarapava, é Ituverava!
GENÉSIO – Povo de I-tum-bi-ara...
CABO – Genésio! Você errou de novo. Não é Itumbiara e sim Ituverava!!!
GENÉSIO (encerrando o papo bem ao microfone, para todos ouvirem) – Dêxa de sê burro, ô cabo! Pois tu num sabe que cidade do interiô é tudo a mêma merda...
Claro que o querido Genésio perdeu as “inleição”.
Fonte : http://www.rolandoboldrin.com.br/causos_aberto.asp?id=40&id_cat=1
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