Ah, não ouso mais brincar com as profecias desse polvo, o Paul, que não errou nenhuma previsão nesta Copa do Mundo. Meio como brincadeira, vá lá, embora o futebol sempre carrega suas superstições, mas digamos que era preciso ter muitos tentáculos para cravar, na lata, a vitória da Espanha sobre a Alemanha.
Tratava-se de um clássico do futebol, é verdade, e como já disse o filósofo da bola, Dadá Maravilha, “clássico é clássico e vice- versa”. Nem é o caso de classificar a vitória espanhola como zebra, longe disso. Afinal, a atual campeã da Europa é a Espanha e ganhou esse título por derrotar na final a mesma Alemanha que acabou de vencer, agora pela Copa do Mundo, por 1 a 0. Gol de Puyol.
O que surpreendeu foi o baile que a Espanha deu na Alemanha. Irreconhecível (terão tremido os seus jovens talentos?), a equipe alemã foi totalmente dominada pelo refinado toque de bola de Iniesta, Xabi Alonso e Xavi, parecendo totalmente imobilizada. O primeiro chute da Alemanha aconteceu aos 30 minutos de jogo- muito pouco, quase nada, para um time que impressionou o mundo como que já se chamava de “futebol total”.
E, curioso, gol que levou a Espanha à finalíssima diante da Holanda, nasceu da forma que não se esperava: de cabeça, escorando com fúria a bola que veio de um escanteio, através de Puyol: este jogador, já com 32 anos, tem apenas l metro e 78 de altura- o que parecia pouco para subir mais do que os jovens e grandalhões zagueiros alemães.
Nada mais justo para quem soube procurar o ataque e jogar melhor.
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